Já escrevi outra vez que tenho alguns hábitos de observação. Um deles é tentar elaborar um "perfil" (às vezes até uma biografia) de algumas pessoas com as quais tive contato. Dia desses, aconteceu algo um pouco diferente: a própria pessoa contou a história dela para um outro ouvinte, enquanto eles aguardavam atendimento em um local. A história fluiu em 2 ou 3 minutos, sem interrupções do interlocutor, que por mais incrível que pareça, escutava tudo com muita atenção. Não tive a menor chance de tentar imaginar algo. Tudo nos foi entregue pelo biografado. Era um senhor de uma certa idade. Trabalhou em um cargo público por 6 anos, sendo aposentado por motivos de saúde. Ele então arrumou outra atividade profissional. Pelo que entendi, o novo serviço era de caminhoneiro, pois ele precisava viajar todas as semanas e tomava "rebite" para ficar acordado. Deste hábito, ele acabou migrando para a cocaína. Depois foi para o crack. Hoje ele se trata para dependência química e p...
Crônicas e reflexões despretensiosas...