"Acho que ninguém cria uma música. Ela já existe. Ela flutua aqui, passa pelas paredes, fica atrás das cortinas... vai a toda parte. Eu me vejo como uma antena receptora." - Keith Richards falando sobre o seu processo criativo em entrevista para Bruna Lombardi, em 1993. Eu não entendo nada de música. Não tenho ouvido para identificar as notas e nem toco nenhum instrumento musical. O máximo que já consegui foi soprar uma flauta doce e emitir algumas notas desafinadas. Entretanto, eventualmente eu consigo perceber rudimentos de música em eventos do cotidiano. Talheres caindo, batidas na porta e até mesmo peidos. Talvez a música esteja mesmo no ar. Eu já dei um peido, por exemplo, que soou como algumas notas iniciais de Entre Dos Águas , de Paco de Lucía. Outra vez eu presenciei um colega batendo em uma porta que soou como a introdução de Olhar 43 , do RPM. Dia desses eu estava indo para academia. Um pouco antes de chegar, vi uma senhora andando na minha frente, junto com uma cr...
"(...) a felicidade é apenas uma forma refinada de sofrimento. O sofrimento em si é a forma grosseira. Você pode compará-los a uma cobra. A cabeça da cobra é a infelicidade, a cauda da cobra é a felicidade (...) mesmo se você segurar a cauda, ela irá se voltar e mordê-lo do mesmo jeito, porque ambos, a cabeça e a cauda, pertencem à mesma cobra." - Ajahn Chah, monge budista da Tradição das Florestas do budismo Theravada. Vi uma postagem em rede social de uma estampa de camiseta. A imagem da estampa era uma cobra mordendo o próprio rabo, com a seguinte citação: "para cada fim, um novo ciclo". A posição da cobra formava o símbolo do infinito. Não reproduzo a imagem aqui por questões de direitos autorais e por não querer causar nenhum tipo de perturbação ao autor. Muito provavelmente a pessoa que criou a estampa, pensou na tristeza dos finais de ciclo e na esperança dos inícios, das novidades. Algo como: "Que pena, acabou :(". "AIQSHOW, um novo ciclo...