Por que escrever? Considero essa pergunta tão relevante que até criei uma aba só para ela, aqui no blog. Tem um texto inteiro dedicado a respondê-la nessa aba? Não. Apenas um parágrafo — que, para ser honesto, não responde satisfatoriamente ao questionamento.
"Simplesmente escrevo, sem maiores preocupações", foi o que escrevi lá. Mas o que eu não disse é que também acredito que temos responsabilidade sobre o que falamos e escrevemos. Se nossas palavras magoam ou causam divisão, por exemplo, talvez precisem ser revistas. Ou, quem sabe, silenciadas.
Se não tenho nada de relevante a comunicar, simplesmente não escrevo. Isto é algo que eu gostaria de treinar também para a fala — eu falo demais, muitas vezes sem necessidade.
Nesses últimos meses, aconteceram várias coisas dignas de nota e que renderiam boas crônicas (a maioria eu já esqueci porque não anotei).
Mas antes de escrever, sempre vinham algumas perguntas:
O que eu realmente quero com isso? É só para alimentar o ego? Isso vai ser relevante para alguém?
Ninguém está interessado em como eu acho Buenos Aires parecida com Porto Alegre (apenas em algumas ruas). Aliás, algumas pessoas acham essa comparação absurda — quase ofensiva.
Mas talvez, se eu escrever mais... eu não precise falar tanto. Escrever pode ser um bom treino para quem deseja uma mente silenciosa?
O Nobre Silêncio: tão valioso para quem busca a paz, tão temido por quem busca likes.
Eu fui, mas eu voltei. Em silêncio.
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