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Sonhos do Éd #33 - O mundo acabou. As mentiras não.

Eu estava saqueando uma lancheria de beira de estrada, em busca de alimentos (chocolate) junto com um grupo em que eu havia chegado pouco tempo antes, porém este grupo me via como líder, mesmo contra a minha vontade. Saqueávamos a antiga lancheria em busca de alimentos, mas eu só achava balas e chicletes (da Arcor, em sua maioria).

A sociedade estava colapsada. Não sei por qual motivo. O sistema político-econômico que conhecemos hoje não valia nesse meu sonho. Não existia lei. Nada era proibido, pois tudo era permitido. Nesse contexto, se necessitava muito cuidado diante de qualquer pessoa ou grupo de pessoas.

Em determinado momento acho um sanduíche-de-bolacha-dobrada-mofada-com-doce-de-leite e ofereço para um membro do meu grupo, que declina. Me dou conta que eu mesmo que tinha preparado o sanduíche, antes do colapso social. Um instante após, chega um senhor, nitidamente vagabundo, parasita e alcoólatra. Junto com ele outros membro do seu grupo, provavelmente filhos. Ele diz que procura comida.

Os membros do meu grupo contestam, dizendo que ele sempre vem com uma desculpa diferente. O velho parasita então se despede, se fazendo de vítima, quando eu interrompo todos dizendo que: NUNCA NEGUEI E NUNCA NEGAREI COMIDA PRA NINGUÉM, entregando dois pacotes para o ancião, sendo 1 deles de bala de hortelã da Arcor.



Sonhado há mais ou menos uma semana.

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