Pular para o conteúdo principal

Sonhos do Éd #13 - Roedor-de-carniça

Outro sonho: Eu estava em uma cidade híbrida de São Borja com Uruguaiana. Mais exatamente estava na beira do Rio Uruguai, em um armazém, aparentemente em Uruguaiana (o sr. que me atendeu é de Uruguaiana, mas não é comerciante). Eu tinha em mente sair do estabelecimento comercial e ir a pé até uma agroveterinária na esquina do antigo mercado Fronteira, em São Borja. Tenho a leve impressão de que iria comprar ração para gato. Acabei mudando de idéia quando vi a correnteza do Rio Uruguai, e perguntei para o comerciante se era mais rápido ir remando de caiaque rio acima (contra a correnteza, apesar de a casa de rações ser do lado oposto ao que eu queria remar) ou ir de ônibus (o ônibus da empresa STS, de POA, que eu iria pegar no terminal Parobé, aqui na capital do RS). O Queiroz me recomendou ir de ônibus. Acabei não indo e fiquei no bolicho dele.

No armazém, eu queria comprar algo que não lembro o que era, mas que não tinha lá (será que era a ração ?). Como o dono da venda era meu conhecido, fiquei conversando amenidades com ele enquanto perguntava alguma coisa sobre os animais que estavam engaiolados e à venda na venda. Dentre eles, o que se destacou em minha memória foram uns híbridos entre cachorro salsicha preto + ratinhos de laboratório + hamsters. Tinha uma ninhada de filhotinhos tão pequenos que passavam por entre as grades da gaiola. Os maiores eram do tamanho de um salsicha pequeno, mas durante o sonho foi diminuindo e engordando sem que eu percebesse, até ficar do tamanho de um hamster muito obeso. Perguntei para o quitandeiro que animal era aquele, e ele me disse um nome estranho (em algum idioma alienígena talvez) e depois deu o nome mais popular, que era Roe-carniça, ou roedor-de-carniça. Confesso que agora enquanto escrevo essas linhas me deu um pouco de medinho de ter estado tão perto desse animal. Mas até que o bichinho era bem bonitinho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Salto com Vara

Dia desses, assistindo ao Salto com Vara nas olimpíadas, lembrei de uma vez, quando criança, que eu estava assistindo uma matéria no Jornal Nacional, noticiando que uma atleta tinha batido o recorde mundial da modalidade, ou algo assim.  Na época, eu não entendia como funcionava esse esporte. Pensava que o salto era medido por algum dispositivo lá no alto, que marcava a altura atingida pelos atletas quando eles passavam por ali.   Na matéria, apareceu a atleta pulando e comemorando com um grito, ainda no ar. Comentei então com a pessoa adulta que estava na sala, algo tipo "mas como ela já sabia que tinha quebrado o recorde?".  Esta apenas afirmou, do alto de sua pretensa sabedoria: "O salto foi perfeito!", como se a graciosidade do pulo fosse o principal elemento daquele desporto.  Percebi então que aquela pessoa sabia menos ainda do que eu sobre a modalidade, mas pelo seu total desprezo pela minha condição de criança e se julgando superior por ter nascido muitos an...

Eu fui, mas eu voltei...

Por que escrever?  Considero essa pergunta tão relevante que até criei uma aba só para ela, aqui no blog. Tem um texto inteiro dedicado a respondê-la nessa aba? Não. Apenas um parágrafo — que, para ser honesto, não responde satisfatoriamente ao questionamento. "Simplesmente escrevo, sem maiores preocupações" , foi o que escrevi lá. Mas o que eu não disse é que também acredito que temos responsabilidade sobre o que falamos e escrevemos. Se nossas palavras magoam ou causam divisão, por exemplo, talvez precisem ser revistas. Ou, quem sabe, silenciadas. Se não tenho nada de relevante a comunicar, simplesmente não escrevo. Isto é algo que eu gostaria de treinar também para a fala — eu falo demais, muitas vezes sem necessidade. Nesses últimos meses, aconteceram várias coisas dignas de nota e que renderiam boas crônicas (a maioria eu já esqueci porque não anotei). Mas antes de escrever, sempre vinham algumas perguntas: O que eu realmente quero com isso?  É só para alimenta...

O agarrar não tem fim. O soltar sim.

 "(...) a felicidade é apenas uma forma refinada de sofrimento. O sofrimento em si é a forma grosseira. Você pode compará-los a uma cobra. A cabeça da cobra é a infelicidade, a cauda da cobra é a felicidade (...) mesmo se você segurar a cauda, ela irá se voltar e mordê-lo do mesmo jeito, porque ambos, a cabeça e a cauda, pertencem à mesma cobra." - Ajahn Chah, monge budista  da Tradição das Florestas do budismo Theravada. Vi uma postagem em rede social de uma estampa de camiseta. A imagem da estampa era uma cobra mordendo o próprio rabo, com a seguinte citação: "para cada fim, um novo ciclo". A posição da cobra formava o símbolo do infinito. Não reproduzo a imagem aqui por questões de direitos autorais e por não querer causar nenhum tipo de perturbação ao autor. Muito provavelmente a pessoa que criou a estampa, pensou na tristeza dos finais de ciclo e na esperança dos inícios, das novidades.  Algo como:  "Que pena, acabou :(".  "AIQSHOW, um novo ciclo...