Há mais ou menos três semanas, tive o sonho que descrevo abaixo:
Cheguei em uma oficina aqui da cidade em um dia cinzento e que ventava muito. Na mecânica, que também era a casa de alguns amigos, tinha uma varanda aberta, com vista para uns campos, ao longe.
Fui recebido pelo anfitrião, que comentou que fazia tempo que eu não aparecia. Respondi alguma coisa qualquer e me sentei em uma cadeira, de frente para a vista dos campos.
Em determinado momento, comentei com o dono da casa que eu tinha sonhado com aquele exato momento. Só que o sonho seria ainda na próxima noite. Nesse sonho vindouro, eu acordava e tinha sonhado que contava pra ele que tinha sonhado com aquele exato momento.
Só que o sonho ainda não tinha acontecido e a medida que eu ia contando, o sonho acontecia no futuro, sincronicamente.
Então me dei conta que o presente e futuro estavam sempre acontecendo simultaneamente, que o conceito de tempo não era linear. Passado, futuro e presente, tudo acontecia ao mesmo tempo, em diferentes dimensões.
De repente, percebo que estou sonhando e exclamo: "quero visitar eu mesmo em outras dimensões!"
Imediatamente surgiram 3 seres, acredito que fossem algo como mentores espirituais ou guardiões do tempo. Eles revelam que iriam me levar para visitar eu mesmo em 3 dimensões diferentes.
Primeiro, me levaram para uma dimensão que estava em 2019.
Lá, meu outro eu estava em um local que parecia ser uma igreja. Ele estava sentado na fileira da frente, com pessoas que aparentemente eram amigos dele.
Fiquei ao fundo, vendo o Éd da outra dimensão pelas costas. Então, me dirigi para uma sala mais adiante, de onde poderia ver o outro Eu de frente. Pude constatar que era eu mesmo, mas com a aparência de 2008.
Voltei ao fundo da igreja e conversei com uma mulher, que era uma das mentoras e ela me explicou que naquela dimensão, muitas coisas eram diferentes . Por exemplo: os Estados Unidos, naquela dimensão, haviam experimentado um período como socialistas, no passado. Ela disse também que esse Eu era uma pessoa completamente diferente. Ele morava em São Paulo, trabalhava com informática e tinha referências completamente diferentes das que eu tinha. Ou seja, era outra pessoa.
Então partimos para a próxima dimensão, que estava em 2015.
Nesta, o meu outro eu era um anão que estava caracterizado de Coringa (esse do último filme), mas vestia roupas do Coringa interpretado por Jack Nicholson (do filme Batman, de 1989). Ele praticamente não tinha semelhanças físicas comigo.
Esse Coringa liderava uma gangue de malvadões e estava cercado por uns 3 capangas. Eles estavam na frente de uma farmácia Panvel (aparentemente era a loja da Rua da Praia, próximo ao Edifício Santa Cruz, em Porto Alegre).
Foi possível sentir que essa versão era uma pessoa extremamente má e impulsiva, que vivia quase como um animal selvagem, simplesmente reagindo aos impulsos (principalmente os violentos).
Em determinado momento, aconteceu uma confusão dentro da farmácia e os capangas imobilizaram uma pessoa. O Éderson-Coringa-anão botou uma arma na cabeça dessa pessoa e iria matá-la.
Só que então ele tinha assumido a aparência de uma criança, tipo o Mogli. Já não falava quase nada, apenas emitia alguns grunhidos.
Um dos mentores, vendo a minha preocupação, me recomendou não intervir, pois estávamos em uma dimensão completamente diferente da minha, e provavelmente o outro Eu não iria me compreender e iria direcionar a agressividade dele contra mim.
Resolvi intervir para salvar a vida da pessoa e falei: "Não mata ele, pelo amor de... BUDA!"
O outro eu então hesitou e mostrou interesse pelo q falei, pedindo mais informações, mas ainda muito agressivo.
Então eu falei algo como: "Tu não gosta de poder? Buda pode te ensinar como conseguir o maior poder possível".
Nisso, o outro Eu já estava concentrado no que eu estava falando e largou a arma, que foi prontamente recolhida por ajudantes dos mentores, enquanto um deles retirava a vítima.
Os mentores então foram me puxando para trás, para irmos na última dimensão que visitaríamos. Antes de sair, recomendei que o Coringa pesquisasse sobre os ensinamentos do Buda, pois supus que naquela dimensão tivesse existido um Buda também.
Saímos daquela dimensão, mas não fui levado para ver o terceiro eu, como solicitado, mas sim para a minha mente.
A minha mente era um sótão-de-casa-americana-de classe-média, onde estava montado um quarto bastante simples, com poucos móveis. Sentado na cama estava um amigo, esperando algo. Perguntei o que ele estava fazendo na minha mente, mas não houve tempo, eu acordei durante a explicação.
O único trecho da resposta dele, que eu lembro, é que ele disse que quase não assistia filmes, apenas shows em DVD, gravados ao vivo.
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