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Mostrando postagens de 2020

Sonhos do Éd - Você está interconectado com o seu ser?

"FORA DA MEDITAÇÃO, É TUDO DISTRAÇÃO" SANTOS, Éderson (2020) Na última noite, deitei e fui meditar antes de dormir (ou até dormir). É um hábito que tenho tentado desenvolver ultimamente.  Buda de boa na lagoa (Foto: Larissa Vargas) Sem me dar conta, eu já estava sonhando que estava em uma sala, com outras pessoas. Uma dessas pessoas era um sujeito com a pele toda o roxa e feições de sapo (acho que não era humano). Ele estava se queixando de alguns sintomas que não me recordo quais eram.  Em determinado momento, eu perguntei (aparentemente eu era médico), apontando para minha direita, algo como "tu enxerga uma luzinhas aqui, né?". O indivíduo confirmou que sim. Então eu me viro para a outra pessoa e comento o diagnóstico para outra pessoa presente. Também não lembro o que era. De repente, todos somem e ficam apenas algumas sombras em uma parede branca, como se fossem de galhos de uma árvore. Começo a flutuar. Uma voz então pergunta: "VOCÊ ESTÁ INTERCONECTADO COM

A churrascaria que se tornou vegana

Esta semana tive uma agradável surpresa com a notícia de que a churrascaria Picanha's Grill, na zona norte de Porto Alegre, se tornou um restaurante vegano. É um fato inédito, ao menos para mim. Nunca tinha ouvido falar de um restaurante onívoro veganizar. Muito menos de uma churrascaria, ainda mais com este emblemático nome. Nome este que aliás, permaneceu o mesmo, ao menos por enquanto. Fachada do restaurante. Foto: Divulgação/Picanha's Grill Demorei bastante pra pedir uma refeição de lá (nunca fui no restaurante). Porque moro longe de Porto Alegre e porque inicialmente tinha uma certa ressalva contra o estabelecimento . A primeira vez que vi uma publicação no Facebook falando sobre um sabor de xis vegano em restaurante chamado Picanha's Grill, imediatamente descartei a possibilidade de ir no local. Churrascaria? não, obrigado. Ainda mais com esse nome.  Mas as opções foram aumentando no restaurante. Além de mais variedades de xis, tinha também prato feito, p

Uma crônica baseada em um sonho

Esta noite sonhei que um colega de trabalho tinha uma loja de games e acessórios em um local parecido com uma rodoviária, na cidade da Barra do Quaraí (fica na fronteira com o Uruguai, para quem não conhece). No sonho, o local onde ficava a loja era muito parecido com a rodoviária de Santo Antônio das Missões , apesar de ser na Barra do Quaraí. Rodoviária de Santo Antônio das Missões (arquivo pessoal) Tinha uma placa na frente , dizendo "Games", "Acessórios", algo assim. E embaixo, na placa, estava escrito à mão, em letras emendadas: "placa mãe", como se fosse um dos produtos destaque da loja . Só que "placa mãe" estava escrito de uma maneira que poderia ser lido também como "por que".  No caso, a placa dava a entender que lá dentro, na loja, o cliente descobriria porque esse meu colega mantinha essa loja e a razão dele vender os produtos.   Rodoviária da Barra do Quaraí (arquivo pessoal) A pessoa descobriria os motivos e intenções do

Bodhi, o "guru" de Caçadores de Emoção (1991)

Ouvi falar que o filme Caçadores de Emoção (1991) é um clássico da Sessão da Tarde. Não sei se é verdade. Nunca tive muitas oportunidades de assistir à programação vespertina da Rede Globo, pois a maior parte da minha vida escolar foi no período da tarde. E depois da minha vida escolar, praticamente deixei de assistir TV . Acabei assistindo a referida película em um DVD, já no final da faculdade. Ou depois de formado, não lembro bem. Pôster promocional do filme. Fonte: filmow.com Recentemente, assisti ao filme pela terceira vez. A partir daqui, recomendo ao leitor que se ainda não assistiu ao filme, pare a leitura e só a retome após assistir . Nas próximas linhas, revelarei eventos do enredo do filme (os populares spoilers).  Algo que havia passado despercebido das outras duas vezes, é que Bodhi (personagem interpretado por Patrick Swayze) é referido por outros personagens com expressões que o aproximam de um guru espiritual ou mestre budista. Realmente, pelo discurso dele

O encontro consigo mesmo durante a pandemia

Uma pandemia, com o cenário catastrófico que se segue, nos revela o que há de melhor e pior nas pessoas. Às vezes na mesma pessoa, visto que ninguém é 100% bom e nem 100% mau. Diversas obras de ficção exploram muito bem esses conflitos, percorrendo as diversas camadas dos personagens. Mas em lugar de listar aqui boas e más notícias nestes tempos difíceis, ou listar obras ficcionais temáticas e inspiradoras, quero abordar aqui um aspecto poucas vezes mencionado: o isolamento e o encontro consigo mesmo.  Gatos na quarentena Um dos pontos de sofrimento no isolamento desta quarentena é estar sozinho, ouvindo a sua voz mental. Sem ter onde se esconder e com poucas opções para se distrair. O dia todo sem ter como mentir para si mesmo. Para muitos habitantes das redes sociais, se enxergar sem fingimentos é extremamente doloroso. Por isso é tão difícil meditar, por exemplo. Mesmo as pessoas que não meditam, estando isoladas, acabam ficando em uma posição incomodamente próx

Arroz, feijão e reflexão

Eu lembro que quando era criança, mais de uma vez, ouvi uma determinada pessoa adulta falar (em um tom arrogante): “ Sem arroz até dá pra passar, mas sem feijão, não ”, referindo-se ao almoço. Eu achava essa afirmação descabida. Na verdade, eu tinha uma teoria (sempre gostei de elaborar teorias) que era justamente o oposto: as pessoas até almoçavam sem feijão, mas nunca sem arroz. Este último é que nunca faltava. Até acho que cheguei a compartilhar essa teoria com algumas pessoas na época, mas ninguém deu bola. Já nos anos 90, ninguém ligava para minhas teorias . Inclusive, essa mesma pessoa da frase lá do início, nunca tinha feito um almoço sem arroz (que eu tenha presenciado). Mas o feijão faltar não era incomum no almoço dela . Imagem: Pixabay Nunca entendi o objetivo daquela afirmação. Será que aquela pessoa gostava mais de feijão do que de arroz? Será que ela nunca percebeu que era o arroz que nunca faltava em suas refeições ? Ou era apenas uma frase irre

Uma tarde ensolarada de Janeiro de 2012

Há pouco mais de 8 anos, em uma tarde ensolarada, eu vinha no ônibus, fardado, para assumir o serviço no Batalhão em que servia, na cidade de Porto Alegre. Eram meus últimos dias na Brigada Militar do RS. Eu havia sido chamado para assumir um cargo em outro concurso. Estava chegando ao fim de uma longa contagem de dias . Quando o ônibus passava na Loureiro da Silva, próximo ao Largo Zumbi dos Palmares, presenciei, pela janela do coletivo, um cidadão bater a carteira de uma senhora . Pedi ao motorista que parasse o ônibus e iniciei a perseguição ao criminoso. Peguei ele na Ponte dos Açorianos, após correr uns 200 metros. Quando eu me aproximava, ele pulou para dentro da água. Ele se entregou ao ver que não iria conseguir sair dali. Eu era apenas um, mas ele estava cercado. Fiquei com o elemento detido, esperando a chegada do reforço policial. De repente, chega um indivíduo (hoje eu descobri que ele se chama Tiago), me parabeniza e pede para tirar uma foto. Ele pega meu e-mail e diz

Barulho da internet discada

Meu primeiro contato com a internet foi lá por 1999 ou 2000. Lembro que o primeiro site que acessei foi o da Brahma. Foi um grande dia. Meu pai ligou para saber se tinha dado tudo certo (era internet discada ainda). Lembro que ele estranhou o fato de o meu primeiro acesso ter sido o site da Brahma, pois eu nunca fui consumidor de cerveja. Guaraná Brahma da época. Fonte da imagem: https://supercolecao.com/colecoes/latas/guarana-brahma/3073 Explico: a gente consumia Guaraná Brahma lá em casa. Eu vi o site no rótulo e anotei para acessar. Achei que a página do Guaraná seria diferente do site da cerveja. Eu tinha uma listinha de endereços web anotados, para visitar. Talvez eu ainda tenha guardada a agenda onde os anotava, para poder acessar quando finalmente a internet estivesse configurada. O acesso me proporcionava um encantamento, mais ou menos como o início na escola. Um universo de informações se abria a cada conexão. E se expandia a cada segundo (ainda se expande).

Os Mentirosos da Corrida (2)

Dia desses encontrei outro Mentiroso da Corrida na rua. Sem que eu dissesse nada além de um cumprimento, já veio me falando que estava correndo. Fez 5,6km em 18 minutos. Para os leitores que não correm, apenas para esclarecer: Na pior das hipóteses (tempo de 18:59), ele fez um ritmo de 3:23/km ou uma velocidade de 17,73 km/h. Para um sedentário de aproximadamente 100kg e quase 50 anos, é uma marca que beira o impossível. Mas tudo bem. Falei algo tipo "boa, champz". E segui minha vida normalmente. Na semana seguinte, encontrei-o novamente . Começou a falar sobre uma época (início dos anos 90), quando ele treinava outro esporte, em outro estado. Até esta parte, tenho confirmação de outras fontes que ele realmente treinava esse outro esporte lá no sudeste do Brasil. O problema foi quando ele disse que um belo dia (lá naquela época, anos 90) chegou para correr na pista de atletismo (esse outro esporte exige corrida como parte do condicionamento) e pediu para um técn

Quase Acidentes e Pandemias

Era uma agradável manhã ensolarada do verão de 2018. Tenho quase certeza que era um domingo. Orla de Balneário Camboriú. Fui atravessar a rua, quase nenhum carro. Mas esqueci de um detalhe, a ciclovia. Ao contrário de Uruguaiana, a ciclovia de BC é muito utilizada. O cenário. Quando me dei conta, a bicicleta já estava em cima, freando bruscamente. Parou. Ninguém se machucou, mas me assustei por um instante, o ciclista também. Me desculpei e retomei a caminhada. Mas a mulher que acompanhava ele começou a falar sem parar: "meu deush, meu deush, meu deush..." , em um tom entre atônita e desesperada, com aquele típico sotaque pseudo-carioca de Floripa. Não era para tanto. Um sustinho, desculpas e cada um para o seu lado. Entretanto, eu segui minha caminhada e ela ficou ali, em choque. Deve ter ficado vários minutos assim. Aquela pessoa devia estar tão apegada aos seus costumes do cotidiano de trabalho-comprinhas-casa , que não pensa sobre a vida, sobre o que afi

Os Mentirosos da Corrida (1)

Há vários anos que tenho notado um tipo característico, o "Mentiroso da Corrida" . Eles (sim, são muitos) andam por aí,  com suas rugas no rosto, barriga saliente, e um ego mais saliente ainda, mentindo sobre seus tempos na corrida e outras proezas físicas. Saudosos de um passado que nunca existiu. Estão presentes em diversas variantes esportivas. Eu os conheço na corrida, no boxe e até mesmo no xadrez. Mas suspeito (apenas suspeito) que eles sejam mais numerosos no futebol. Hoje vou falar especificamente sobre os Mentirosos-dos-tempos-do-EB (geralmente é como eles se referem ao Exército). Quer encontrar um? Duas maneiras: Caso seja um corredor, é só falar sobre alguma prova ou treino mais difícil. Se tiver bons resultados é mais fácil de encontrar. Se não for corredor, encontre um e fale sobre alguma prova dele, ou sobre um treino difícil. Imediatamente o Mentiroso vai se manifestar e dizer que fazia "x" quilômetros no TAF (teste de aptidão física) do Ex

Ufologia e Arquivo X

Sempre tive interesse em ufologia. Acompanhava com atenção as matérias sobre avistamentos de UFOs, exibidas no Globo Repórter e no Fantástico. Sou da época do ET de Varginha, inclusive. Eu lembro que após o caso da cidade mineira, pipocaram casos de aparições de OVNIs em diversos pontos do Brasil e do mundo. Na época, achei que estávamos na iminência de algum contato . Se aconteceu, não foi divulgado. Mais ou menos no fim dos anos 90, passei a ler vários comentários em revistas e jornais, sobre a série Arquivo X . Na época, não pude assistir, pois só rico tinha TV por assinatura . Apenas há 3 ou 4 anos que finalmente comecei a assistir o seriado americano. A propósito, em Janeiro deste ano, tive a oportunidade de visitar o Museu Ufológico de Itaara (RS). Na verdade, o nome correto do estabelecimento é Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência Victor Mostajo . Museu Ufológico Sem saber o nome oficial, é possível achar que se trata de algum lugar com teo

O Algoritmo do facebook já lê pensamentos?

Ontem à noite, desci para passear com o cachorro. Em determinado momento, sem motivo algum, o refrão de "Goodbye", do Air Supply, invade minha mente, após muitos anos sem aparecer. Capa do álbum onde a canção "Goodbye" foi lançada. Imagem: vagalume.com.br Logo após chegar em casa, escuto alguns acordes de "Without You", do mesmo grupo. Era na linha do tempo do Facebook da minha esposa. Eu não lembrava o nome de nenhuma das músicas , apesar de saber que eram do Air Supply. Então, fui pesquisar. Descobri, a propósito, que conheço a maior parte dos grandes hits da banda (o pessoal lá de casa ouvia bastante nos anos 90/2000). Não tinha, até então, nenhuma música do Air Supply no meu Spotify, mas a partir de agora, o duo australiano estará presente em minhas playlists. Creio que esse algoritmo telepático ainda esteja sendo aperfeiçoado. Quando a música passou pela minha cabeça, eu estava até sem celular. A conclusão que eu chego