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Mostrando postagens de abril, 2020

Arroz, feijão e reflexão

Eu lembro que quando era criança, mais de uma vez, ouvi uma determinada pessoa adulta falar (em um tom arrogante): “ Sem arroz até dá pra passar, mas sem feijão, não ”, referindo-se ao almoço. Eu achava essa afirmação descabida. Na verdade, eu tinha uma teoria (sempre gostei de elaborar teorias) que era justamente o oposto: as pessoas até almoçavam sem feijão, mas nunca sem arroz. Este último é que nunca faltava. Até acho que cheguei a compartilhar essa teoria com algumas pessoas na época, mas ninguém deu bola. Já nos anos 90, ninguém ligava para minhas teorias . Inclusive, essa mesma pessoa da frase lá do início, nunca tinha feito um almoço sem arroz (que eu tenha presenciado). Mas o feijão faltar não era incomum no almoço dela . Imagem: Pixabay Nunca entendi o objetivo daquela afirmação. Será que aquela pessoa gostava mais de feijão do que de arroz? Será que ela nunca percebeu que era o arroz que nunca faltava em suas refeições ? Ou era apenas uma frase irre

Uma tarde ensolarada de Janeiro de 2012

Há pouco mais de 8 anos, em uma tarde ensolarada, eu vinha no ônibus, fardado, para assumir o serviço no Batalhão em que servia, na cidade de Porto Alegre. Eram meus últimos dias na Brigada Militar do RS. Eu havia sido chamado para assumir um cargo em outro concurso. Estava chegando ao fim de uma longa contagem de dias . Quando o ônibus passava na Loureiro da Silva, próximo ao Largo Zumbi dos Palmares, presenciei, pela janela do coletivo, um cidadão bater a carteira de uma senhora . Pedi ao motorista que parasse o ônibus e iniciei a perseguição ao criminoso. Peguei ele na Ponte dos Açorianos, após correr uns 200 metros. Quando eu me aproximava, ele pulou para dentro da água. Ele se entregou ao ver que não iria conseguir sair dali. Eu era apenas um, mas ele estava cercado. Fiquei com o elemento detido, esperando a chegada do reforço policial. De repente, chega um indivíduo (hoje eu descobri que ele se chama Tiago), me parabeniza e pede para tirar uma foto. Ele pega meu e-mail e diz

Barulho da internet discada

Meu primeiro contato com a internet foi lá por 1999 ou 2000. Lembro que o primeiro site que acessei foi o da Brahma. Foi um grande dia. Meu pai ligou para saber se tinha dado tudo certo (era internet discada ainda). Lembro que ele estranhou o fato de o meu primeiro acesso ter sido o site da Brahma, pois eu nunca fui consumidor de cerveja. Guaraná Brahma da época. Fonte da imagem: https://supercolecao.com/colecoes/latas/guarana-brahma/3073 Explico: a gente consumia Guaraná Brahma lá em casa. Eu vi o site no rótulo e anotei para acessar. Achei que a página do Guaraná seria diferente do site da cerveja. Eu tinha uma listinha de endereços web anotados, para visitar. Talvez eu ainda tenha guardada a agenda onde os anotava, para poder acessar quando finalmente a internet estivesse configurada. O acesso me proporcionava um encantamento, mais ou menos como o início na escola. Um universo de informações se abria a cada conexão. E se expandia a cada segundo (ainda se expande).